2009-02-11

O papel do Psicólogo na Auto-Regulação

A propósito de uma anedota profissional...

O livro de António Eça de Queirós e de António Costa Santos,Porto versus Lisboa, é um livro engraçadíssimo, que recomendo a toda a gente. A propósito das duas maiores cidades do País, com muito agradáveis artes de escrita, bem-humoradas e de consistente quilate cultural, propõe-nos um estimulante exercício de reflexão e crítica, de auto-reflexão e auto-crítica, em que, de ambos os lados, os contentores se podem rever em espelho, assim promovendo o saudável auto-conhecimento e o inter-conhecimento (termo do jargão "psicologês"; em português diz-se conhecimento recíproco).
Num dos últimos capítulos, é contada, quase en passant, uma anedota profissional sobre os psicólogos:
- Quantos psicólogos são precisos para mudar uma lâmpada?
- Basta um, mas é preciso que a lâmpada queira mudar. (1)
Nesta caricatura da intervenção profissional do psicólogo, se calhar pode-se encontrar a chave do seu sucesso, clínico ou educacional. É que remete para a indispensável mobilização (atitude pró-activa, como hoje se diz muito) dos recursos psicológicos do próprio sujeito que pede ajuda ao psicólogo.
Que lhe parece?...


(1) Queirós, A. E. e Santos, A. C. (2008). Porto versus Lisboa, Uma batalha campal. Nunca ninguém falou tãp bem de Lisboa e do Porto. Nunca ninguém falou tão mal do Porto e de Lisboa. Guerra & Paz, p.175.

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